DEUS ESCOLHE QUEM DEVE SER SALVO?
Veremos que apesar do texto dar
margem a interpretação de que Deus seleciona quem deve ou não compreender a
mensagem, o estudo de outras partes relacionadas, nos trazem uma melhor
compreensão.
Trata-se de uma referência às
palavras de Isaías 6.9-10, quando Deus chama o profeta Isaías para transmitir
uma mensagem de castigo ao povo de Israel por causa de sua infidelidade.
O evangelista Mateus, em 13.12,
acrescenta uma explicação de Jesus, em resposta à pergunta feita pelos
discípulos sobre a razão de falar por parábolas, que elucida a questão: “A quem tem será dado, e este terá em grande
quantidade. De quem não tem, até o que tem lhe será tirado”. Conforme R. V.
G. Tasker, o entendimento das parábolas tem relação com a capacidade de
compreensão espiritual:
“…os discípulos
já tinham captado algo do caráter sobrenatural do seu Mestre e do reino que Ele
viera inaugurar. Portanto, Ele podia explicar-lhes a verdade encarnada nessas
parábolas […] O resultado foi que as suas capacidades de compreensão espiritual
se desenvolveram e os mistérios do reino se lhes tornaram mais claros; e no
caso deles houve uma ilustração da proverbial verdade de que ao que tem se lhe dará, e terá em
abundância; justamente como no caso das multidões foi também demonstrada a
verdade complementar de que ao que não
tem, até o que tem lhe será tirado.”[1].
A pregação de Isaías não podia
ser compreendida pelo povo de Israel porque o povo não possuía discernimento
espiritual, algo que acontece quando há uma mudança de atitude em relação a
Deus. Podemos exemplificar com a postura dos habitantes de Nínive depois de
ouvirem a mensagem de Jonas: “ “Daqui a
quarenta dias Nínive será destruída”. Os ninivitas creram em Deus. Proclamaram
jejum, e todos eles, do maior ao menor, vestiram-se de pano de saco.” (Jonas
3:4,5).
Os ninivitas demonstraram temor a
Deus, o que os levou a uma mudança de atitudes. Perceberam que não estavam
agradando a Deus e se prontificaram a corrigir seus caminhos. De igual forma,
os discípulos de Jesus possuíam interesse em saber o que estava por detrás das
parábolas, o que não se vê na multidão. Para a multidão, eram apenas histórias,
pois seu verdadeiro interesse estava nos milagres de Jesus, e não em saber quem
era Jesus e o que Ele veio fazer. Os que conseguiam percebê-lo, estes eram
salvos.
No período de Isaías, o povo se
achava indiferente a Deus. Não se tratava de uma decisão unilateral de Deus de
não permitir a sua conversão. Tratava-se de um juízo, uma vez que o próprio
povo escolheu desprezar o conhecimento de Deus. Assim, o Senhor os condenou à
dureza de seus próprios corações — “pois
o coração deste povo se tornou insensível; de má vontade ouviram com seus
ouvidos, e fecharam os seus olhos” (Mt 13.15, Isaías 6.10).
Observe que a palavra de Deus transmitida pelo profeta
Isaías é uma reação à infidelidade do povo de Israel, não sendo diferente da
multidão, que em sua grande maioria, procurava Jesus por motivos interesseiros,
assim como acontece em nossos dias.
Grande verdade Pastor. Ainda hoje há grandes multidões atrás de Cristo por interesses pessoais apenas, não querem uma vida de devoção e relacionamento com o Pai. Querem apenas o que procuram e se conseguem viram as costas...não estão preocupadas em seguir Jesus. Deus o abençoe!!!
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